Factos não habituais nas publicações Portuguesas

Hoje venho-vos falar de algo que me apercebi nas publicações portuguesas: houve fenómenos não habituais, não tradicionais. Provavelmente não me apercebi da maior parte, mas estes casos que vos falo hoje são significativos. Significam que há mudança no modo de publicar em Portugal, mas se o futuro segue este caminho não saberemos. Quando há mudança, há alguns fenómenos que podem ser efémeros. Mas são sinal que algo está para mudar.

Vou-vos falar de alguns escritores portuguesas, e do que lhes aconteceu. Não quero dizer que elas venham a ser Nóbeis da literatura, ou que descobriram o significado de algo demasiado complicado a nível científico. São simplesmente escritores que, como tantas outras/os lutam todos os dias para que os seus escritos vejam a luz do dia.

Liliana Lavado

Esta autora tem vindo a disponibilizar os seus livros em auto-edição através da Amazon. Depois criou um programa de beta-readers, que teve muita receptividade, e melhorou as suas obras. Os beta-readers talvez tenham alguma culpa do que aconteceu depois: o seu entusiasmo espalhou-se até outros leitores e os seus livros acabaram por criar sensação no Goodreads, em especial o romance Inverno de Sombras. Quando a autora decidiu enviar para as editoras os seus livro já pode apresentar dados a partir das vendas da Amazon (isto confessou-me a própria). A editora Marcador, chancela da Editorial Presença não foi indiferente a tudo isto e publicou Inverno de Sombras.


Filipa Fonseca Silva


O caso desta autora é o recentemente mais falado. A tradução para inglês do seu livro Os 30 - Nada é como Sonhámos, publicado pela Oficina do Livro (grupo Leya), Thrity Somethin: (Nothing's how we dreamed it wold be) entrou para o Top 100 da Amazon na categoria Woman's Fiction. Algo que nenhum português ainda tinha feito. A autora, que no seu segundo livro optou pela autopublicação, tem sido agora muito falada nos média e nas redes sociais e, espero eu, que isso signifique aumento de vendas.

Samuel Pimenta


O autor, que foi distinguido com o prémio Jovens Criadores 2012 teve de ir até ao Brasil, para publicar a sua obra Geo Metria (editora Literarte), que foi apresentada na Feira do Livro de Frankfurt. Mais recentemente, e já em Portugal, acabou por publicar O Relógio, a obra premiada, pela editora Livros de Ontem.





 Valentina da Silva Ferreira


Outra autora que viajou até ao Brasil para publicar o seu livro, A morte é um Serial Killer, pela editora Estronho. Por sinal teve uma boa receptividade. E, pelo que percebo, os olhos da autora viram-se mais para o Brasil do que para Portugal. A verdade é que os seus leitores por cá continuam a ser poucos.










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