Antes do lugar imaginário da literatura medieval começo por mostrar, desde logo, aquele que é para mim o lugar imaginário de eleição da Literatura Portuguesa. Creio que há um poema sobre esse lugar, de Sophia, mas é Manuel Alegre que o recupera quando fala da poeta. Não falo deste lugar para ficar bem entre quem, e muito menos para chamar a atenção da autora, que aos átomos já regressou. Quem me conhece sabe como Sophia me toca. Ao mar de Sophia junto o meu, a apenas 80km de onde pouso, 60 se pudesse voar. Sophia conheceu o meu mar, e como entidade do mundo das fadas encontrou uma estrada que só aqueles a quem a imaginação, com uma pitada de mar, domina a podem encontrar. É uma estrada que percorre as falésias da Costa Vicentina. Quando eu era pequena os meus pais queriam fazer-me crer que essa estrada não existia, apesar de muitas das minhas histórias residirem por lá. Soube que afinal essa estrada era real, com Sophia. Quero ir lá um destes dias, para saber como ficou depois da tempestade Hércules. Sim, porque esta estrada não tem direito a aparecer na comunicação social, mas eu sei, porque sinto, que esteve alagada com o Adamastor sentado na sua margem.
11/01/2014
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