Vila Moura

 Apesar do nome Vila Moura, esta localidade, situada no sul interior do país, foi elevada a cidade por se situar numa zona com menor densidade populacional.

Em termos de arquitectura das habitações nada se sobrepõe ao habitual desta zona do país, contudo tem uma monumentalogia impressionante e invulgar.

A cidade está situada num vale, junto a uma pequena serra. Do lado da cidade orientada para a serra ainda resta a muralha antiga que cercava a localidade. A muralha sofreu alterações em diversas épocas, mas crê-se ter origem romana. Aos tempos da reconquista cristã já só teria de pé a parte ainda hoje preservada.

No centro da muralha, onde terá existido uma porta, ergue-se agora um arco do séc. XVIII, adornado com pedra granítica vindo do norte do país, trabalhada em diversas figuras da flora. Em frente ao arco encontra-se um grande jardim cuja origem se desconhece. Grande parte das espécies botânicas presentes terá sido plantada a partir do séc. XIX. Fontes e bancos de pedra mármore da zona são da mesma época, sendo que na parte mais afastada do jardim temos bancos do séc. XX. No fundo do jardim encontra-se um pequeno lago e uma capoeira com algumas aves exóticas, doação de um benemérito da cidade na década de 1960.

Do lado direito do arco, e aproveitando a muralha, encontra-se o monumento mais estranho da cidade, a que o seu povo chama de “Capitólio”. Na verdade, são as ruínas de uma mesquita árabe, como se comprova pela construção em arcadas e pelos restos de pinturas murais com motivos geométricos florais. Existem algumas alterações medievais e do séc. XVIII no edifício, desconhecendo-se o seu uso nesta época. Ali perto encontra-se a basílica, típica do século XVII, com azulejos da época, talha dourada e uma colecção invejável de arte sacra. Apesar de haver outras igrejas e capelas na cidade, esta construção é a que mais se destaca.

A câmara municipal, situada do lado esquerdo do arco e do jardim, está situada num palácio do século XVI, instalações onde ainda funciona o museu municipal.

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