Autora de "Sobreviventes" (2015), "Sudoeste" (2014) e "Contos Breves" (2013). Começou a escrever na adolescência para o "DNJovem" e desde aí tem colaborado em diversos sites, revistas literárias e coletâneas.
Sobre a escrita de contos
Muito se pode dizer sobre a escrita de contos. Há quem diga que é um bom meio para um escritor começar, para se treinar para o romance. Há quem diga que é uma forma menor. Há quem diga, pelo contrário, que o conto é mais exigente, porque dispensa o supérfluo e porque obra a dizer em poucas palavras o que antes de outro modo se diria em muitas.
Uma coisa é o que se diz por aí, outra coisa é o que o autor sente quando escreve contos.
A maior parte das minhas ideias, mesmo que nunca as venha a desenvolver, são ideias para contos. Sei à partida que são contos porque logo na ideia reconheço a economia narrativa do texto que dali pode surgir.
Apesar disso, o conto não deixa de ser para mim um modo de treino e de aprendizagem. Se quero experimentar um certo tipo de narrador, por exemplo, mais vale experimentar em dois ou três contos do que partir para um romance. Mais vale três contos medíocres na gaveta que um romance, porque afinal, o conto até leva menos tempo a escrever.
Mas o conto é também uma forma de experimentalismo. Se quiser experimento fantasia, experimento. Se quiser experimentar terror, experimento. E por aí fora. Fazer experiências com romance não é tão prático, e certamente, menos divertido. E ser um contista esquisofrénico não me parece grande problema. Se for um romancista já não sei...
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Eu sou, parece, uma romancista esquizofrénica, gosto de experimentar e tenho experimentado, sempre com romance. ;)
ResponderEliminarAs duas escritas são diferentes, não servem de ensaio uma para a outra - a não ser, como dizes, talvez para experimentar um narrador, ou coisa parecida. Atirei-me logo ao romance e ainda hoje não sei escrever contos...