Autora de "Sobreviventes" (2015), "Sudoeste" (2014) e "Contos Breves" (2013). Começou a escrever na adolescência para o "DNJovem" e desde aí tem colaborado em diversos sites, revistas literárias e coletâneas.
Leitores: Silvana Martins
Para a nossa rubrica do blog, leitores, convidámos a blogger Silvana Martins para responder às nossas perguntas. A Silvana mostra as suas leituras no blog Por Detrás das Palavras.
Que sentimentos procuras que um livro te deixe?
Depende do meu estado de espírito! Em geral gosto que um livro consiga nos provocar alegria, tristeza, raiva, amor, saudade, magia… Eu gosto de encontrar diversos sentimentos nos livros, porque todos eles fazem parte de nós e a presença deles nos livros tornam-nos mais reais, conseguem uma maior proximidade ao leitor. Quando me deparo com um livro que nos mostre diversos sentimentos consigo criar uma maior ligação com o livro e com as personagens, assim como ele permanece durante muito mais tempo na minha memória.
A leitura, para ti, é uma companhia, um escape, uma busca pelo mundo sem sair de casa ou tudo isto?
É um conjunto de todas essas coisas… É uma verdadeira companhia! Daquelas que nunca nos aborrecem nem deixam da mão, uma companhia silenciosa e ao mesmo tempo cheia de barulhos interiores. Desde pequena que os livros são os meus grandes companheiros. Como passava muito tempo sozinha, os livros tornaram-se uns amigos fiéis. É igualmente um escape, porque quando estou aborrecida ou triste consigo abstrair-me dos meus problemas entrando num mundo criado por outras pessoas, com outros problemas, com outras vivências, com outras experiências… É também um mundo sem sair de casa, uma vez que me permite conhecer outros locais e outras pessoas.
Em conclusão, a leitura e os livros dão-me tanto que por vezes é difícil colocar por palavras aquilo eles que representam para mim… Fazem parte de mim…
Quando fores velhinho/a e já não vires bem as letras o que vais fazer à tua vida de leitor/a?
Isso é algo que me assusta verdadeiramente… Do lado paterno da minha família, há historial clínico de cegueira e isso deixa-me com medo, até porque muitas das coisas que adoro fazer dependem da visão… Espero que nunca venha a acontecer, mas caso acontece gostaria que lessem para mim e claro, recorrer aos audiobooks. Nunca experienciei nenhuma das opções anteriores, porque simplesmente gosto de ser só eu e o livro, uma espécie de relação pessoal que se estabelece, por isso nunca ninguém leu para mim. No que respeita aos audiobooks talvez venha a experimentar, assim que surja a oportunidade, só para ver como me adapto a esta nova forma de me cruzar com um novo mundo dos livros.
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