Ele era escritor, e ela também, mas ele escrevia e ela não. Ela levantava-se cedo, tomava o pequeno-almoço e a seguir ia arrumar a casa. Por roupa a lavar, estendê-la, passar a ferro se secasse rápido. Senão ficava para a tarde. Depois tinha de fazer o almoço. Almoçavam e ele voltava para a secretária para escrever. Ela tinha de arrumar a cozinha. Regar as plantas. Cuidar do quintal. Ir às compras. Torrar pão para o lanche. Às vezes acontecia-lhe ter um momento de inspiração. Então ele dizia que também tinha e tirava-lhe o lugar no computador.
Quando finalmente tinha tempo estava demasiado cansada para escrever. E lia, lia, lia.
Soa familiar.
ResponderEliminarMas por causa disto é que RECLAMO as manhãs de Sábado e Domingo no café, e às vezes tenho a casa num caos. Mas o meu marido não é escrito e há N computadores cá em casa. E eu chego a escrever, :D
Deve ser familiar para tanta gente...
ResponderEliminarUma grande injustiça, sobretudo ele tirar-lhe o lugar no computador!
ResponderEliminarPara mim é familiar. Mas sem o marido escritor. ;)
ResponderEliminarO meu não é escritor mas às vezes dá-lhe!
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