Conto meu na Bang! #13

Sabe sempre bem, mesmo quando é um textinho pequenino. Aproveitem e passem pela FNAC para ficar com um exemplar da revista e ler os outros contos!!!

Solidão
 Os dias igualavam-se solitários. Pouco falava: não conhecia vizinhos. A família, diminuta, estava longe e dispersa. No trabalho passava a vida em frente ao computador, em casa em frente à televisão.
Sentia-se velho. Não arranjava passatempos, não fazia desporto, não conhecia pessoas novas. Nada lhe interessava.
A determinada altura deixara de suportar a sua imagem. Esquivava-se dos reflexos na rua e guardara os espelhos que tinha em casa. Só se via quando tinha de fazer a barba.
Na rua, ninguém notava nele.
A determinada altura, sem perceber porquê, as pessoas começaram a encalhar muito nele. No trabalho, agiam como se ele não estivesse ali. Mas foi quando foi fazer a barba, uma certa manhã, que reparou que não tinha reflexo.
Então, tentou olhar para si próprio, coisa que não fazia há muito, e não viu braços, pernas ou tronco. Foi assim que ficou a saber que tinha ficado invisível.

5 comentários:

  1. É um pequeno conto bem curioso.
    Parabéns pela publicação na Bang!

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  2. Estava a pensar em resistir a entrar numa Fnac nos próximo tempos, para vou abrir uma pequena excepção e tentar arranjar a revista para ler o conto :)

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  3. Entra de olhos vendados para não veres livros

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