Excerto de Sudoeste:
"Era final de março, princípios de primavera. Quase sozinha de pessoas, pois viver no campo, cuidar da terra e dar-lhe vida com a família é de conviver restrito. Camponesa jovem, filha única entre rapazes. Vivíamos perto do mar sem sermos pescadores: a praia perto de nós era de águas fustigadoras, de rochas duras. Só à linha é que, por vezes, se pescava. No verão, mesmo assim, na maré vazia, o mar dava-nos pequenos mimos como percebes, conquilhas, amêijoas, canivetes e caranguejos que serviam apenas de petisco guloso.
Podia ser só de gente, mas vivia numa multidão de mundo."
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