O profeta não cumpre o oráculo;
O poeta não realiza o sonho;
O arquitecto destrói a torre,
As palavras voam sem sentido
Desprendidas de uma tela podre.

Sim, este poema seria
Para ti, que não me ouves,
Homem corrompido,
Apenas a vaguear no mundo
Para existir
Efémero e insano.

Este poema serve em todos
Os falsos profetas e falsos poetas,
Em todos os juízes sem lei,
Em todas as palavras vãs,
Em todos os pianos sem teclas.

Chega de robots que falam
E ideais toldados em música.

2 comentários:

  1. As palavras que depois de ditas não se transformam em obras, não passam apenas de engodo.

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  2. O pior é que parece que há quem queira fazer delas castelos e torres...

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